Autoria: Sonekka
O poeta, ele não acha, mas é falsário
Pega as impressões alheias e copia
Passa pro seu caderno como poesia
Depois guarda numa gaveta, vira relicário
O poeta esconde, enterra o verso
O poeta erra, descarta , falsifica
Destrata, afunda, afoga, danifica
E ao belo impõe efeito reverso
Mesmo com a rima marcada e feia
Como aquela ali no verso acima
O poeta não recua, soca a peia
O poeta dos papéis é o corsário
A dor despreza e pilha a alma alheia
Vida que só é feia pra quem é otário.
Wednesday, August 08, 2007
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment