Friday, August 24, 2007

Reflexão XXIV (as janelas)

As janelas do Reyex são pra olhar para onde?
O que procura o olho que espreita pela fresta?
Um campo, um lugar, a paisagem que se esconde?
Uma grande cidade, uma favela ou uma floresta?

Tanta interrogação, na verdade, não é necessário.
Em arte, como na vida, os fins justificam os meios.
É o que se imaginar, é pra ver e criar cenário.
Pode-se sonhar, viajar e perder-se em devaneios.

Um quadro, na parede, abre sempre uma janela.
Mas, o mais importante é o que ele abre na alma.
Descrevendo as cores da vida em nuances de aquarela.

A pintura é a arte do silêncio profundo, da cautela.
Fixa o olhar, esquece de tudo, procure com calma.
Vê só quanta vida e movimento existe numa tela.

Thursday, August 23, 2007

Reflexão XXIII (outros esportes)

O Poeta, todo mundo sabe, é São-Paulino doente
Mas nem só das glórias do tri-mundial segue a trilha.
Gosta muito de outros esportes e assiste contente.
O vôlei de praia feminino, por exemplo, que é uma maravilha.

As meninas da ginástica olímpica, tão pequeninas.
As super-moças do triatlo de muito fôlego e lindas.
Maratonas, saltos, basquete e todos os tipos de corridas.
As moças do nado sincronizado, tão graciosas ondinas.

Sonha um dia, numa bem sucedida encarnação futura
Ser piloto de fórmula 1, dos bons e com o fator sorte,
Porque sem ele, todos os esportes são uma loucura.

Já saltei de pára-quedas, não tenho medo de altura
Mas sou sem jeito pra outras atividades, não que isso importe.
Se não participo, assisto e torço. Esporte também é cultura.

Wednesday, August 22, 2007

Reflexão XXII (o futebol)

O Poeta, todo mundo sabe, é São-Paulino roxo.
O tricolor paulista, esteja como estiver é sua paixão.
Pra ele qualquer jogador de outro time é um coxo.
E quando tem jogo, gela a cerveja e liga a televisão.

Gosta de insultar, gritando alto, o vizinho corintiano
A cada gol que o time do Morumbi no adversário fatura.
O vizinho, coitado, irritado xinga, bate a porta e não atura
A festa que o poeta faz sendo campeão todo ano.

Mas nem só das conquistas do tri-mundial curte a glória.
Se perde o Santos, o Palmeiras ou o Corinthians fica feliz
E sai pra comemorar do mesmo jeito, igual a uma vitória.

No bar desacata e banca apostas na conquista do campeonato.
São poucos que encaram, no fim fica um que depois, some, o infeliz.
Se o São Paulo perde, a namorada me faz esquecer com o trato.

Tuesday, August 21, 2007

Reflexão XXI (os molhos)

Um bom molho é o sangue da alta comida
Assim é com a deliciosa galinha a cabidela.
Há vários outros, fantásticos dentro da panela.
O bechamel, o roti e o agridoce, dão sabor à vida.

O conhecedor gourmet sabe que o comensal
Do alimento deseja a textura junto com o sabor
Tempera tudo equilibrado, sem exagerar no sal
E capricha no molho cuidando inclusive da sua cor.

O que se vai comer tem que agradar aos olhos também.
Por isso, tem que combinar as cores na apresentação
Harmonizando os sabores com as cores, como convém.

O resultado, se bem feito, é uma obra de arte do além
Uma soma de prazeres visuais, olfativos e gustativos, então:
Tem que comer de joelhos dando graças e dizendo amém.

Monday, August 20, 2007

Reflexão XX (as comidas)

De todas as cozinhas, eu prefiro todas as comidas
Comida brasileira, francesa, italiana, japonesa
Sem distinção nenhuma, até comida tailandesa.
Exceção apenas a extremos gastro-suicidas:

Insetos, órgãos, vermes, carne humana...
Falo da comida normal, que a maioria aceita.
A preparada com carinho no calor da chama
E não aquelas cerimoniais de outras seitas.

Carnes, aves, peixes, massas, tortas e molhos
Dedico horas no preparo de uma boa receita.
Só pelo prazer de cozinhar o prato que escolho.

Os ruídos e odores da cozinha me dão alegria
E partilhar as delícias da mesa com a minha eleita,
Esse seria meu último desejo, depois feliz morreria.

Friday, August 17, 2007

Reflexão XIX (as bebidas)

De todas as bebidas, prefiro a cerveja
Que se encontra em qualquer esquina.
Loira, escura, preta e bem geladinha
Mesmo no frio, a vermelha, que seja!

Cerveja e mulher importa a temperatura, não a cor.
Em casa, no bar, na praia, beber só para relaxar.
Copo gelado cheio, espumante, chega a confortar
É hora de apreciar com calma, lentamente o sabor.

Xô coca-cola, bebida infame, veneno triste.
Cachaçinha e batidinha? Dá um tempo, desiste.
Aguarde uísque esnobe, conhaque senhorial.

Um salgadinho, porque não, ninguém resiste.
Uma bela perva sim e uma erva, já que insiste
A boa água mineral é a minha bebida no final.

Thursday, August 16, 2007

Reflexão XVIII (as frutas)

De todas as frutas, prefiro a manga.
Já escrevi isso em outros tempos.
E continuo preferindo, não menos.
Embora tenha chupado muita pitanga.

Adoro todas as frutas sumarentas.
Melancia, carambola, laranja e mixirica
O sumo doce na língua atormenta.
E a pálpebra, de prazer, tremelica.

Fruta não se come com talher
É uma ofensa à sua natureza.
Tem que tratar como se fosse mulher.

Lamber, chupar, morder com delicadeza.
Não deixar um pouco de caldinho sequer
Apreciar profundo, com desejo e com firmeza.

Tuesday, August 14, 2007

Reflexão XVII (os doces)

De todos os doces, prefiro o quindim.
Costumo evitar o açúcar, mas tem dia
Em que deixo a dieta que traz melancolia
E como cocada, pão doce e pudim.

Ah, o pudim de leite branquinho,
Lembra um seio doce e fresco.
A baba-de-moça e o beijinho
Despertam um desejo gigantesco.

Os fios de ovos, o dourado cabelo-de-anjo.
A maçã molhadinha de mel
Doce de leite moça e papo-de-anjo.

Assim viro um voraz chupa-mel
E todo meu dinheiro esbanjo
Finalizando com um vinho moscatel.

Monday, August 13, 2007

Reflexão XVI-i

Autoria: Sonekka

O Poeta , todo mundo sabe, não tem tempo
Não por fazer muito, só que afazeres complicam
E ele põe os versos numa fila e ali ficam
Esperando o danado pescar as palavras ao vento

E nem sempre da jogo, nem sempre consegue
Às vezes enrola de um jeito que fica impossível
E a frustração de não conseguir nele é bem visível
Mas lamenta-se mais um pouco e a vida segue

O que o poeta mais inventa é jeito pra não conseguir
Mas é ilusório que ele não faça o que a vida lhe pede
Difícil é que pra maioria, isso não cheira e não fede

Fácil mesmo é frustrar o poeta e quando tomba
O poeta chora, bebe, xinga e se desacorsoa
Pudera, ser poeta nessa merda não é assim àtoa

Reflexão XVI (as artes)

Ah, que inveja eu tenho do inspirado artista.
Eu, poeta bissexto, só crio a cada quatro anos.
E, bem olhando, os textos são puros enganos.
Medíocre como músico, um dia me disse: desista.

Deixei de lado a pretensão de ser guitarrista.
Agora, só em casa e sozinho é que toco violão.
Metido em artes, escrevo mais por compulsão
Nas Artes Plásticas, aí sim, sou maratonista.

Nas telas, usando cores ou no preto e branco
Nas tintas, têmperas, colagens e até com terra
Emoção estética de todos os materiais arranco.

Esse é o mundo: o que pintar, eu traço e desbanco.
Movimentado pela minha mão, o pincel não erra.
Todos os materiais, todas as mídias, a alma destranco.

Reflexão XV-i

Autoria: Sonekka.

Eu como poeta, sabe todo mundo,
Sou apenas um insignificante
Além de coxo e cambaleante
Ainda tenho talento vagabundo.

Se você que é um dileto letrado
Não conta sílabas e não metrifica
E eu de poeta? fazer como? Explica?
Em matéria de verso um pobre coitado.

Mas peraí, eu tenho dedos e imaginação.
Basta deixar a césar o que é de césar
E a minha parte é fazer canção.

Nisso eu não amarelo, sou craque
Sou zico, pelé, garrincha, ronaldo e
Romário, meio-campo, sem contar o ataque.

Friday, August 10, 2007

Reflexão XV

Meu soneto é muito controverso.
É de pé quebrado, um duro parto.
Manquitola desde o primeiro verso,
Até chegar, cansado, ao décimo quarto.

Até podia aprender, ler, estudar...
O Glauco Mattoso até mandou manual...
Mas tem preguiça e é difícil da rima achar
O par. E fica tudo muito superficial.

Mas consideremos licença poética
Elaborar tais pseudos sonetos
Sem dar muita bola pra estética.

O problema todo é da tal genética.
Deu-me pequeno talento, digno de inseto.
E também não me deu ouvido pra fonética.

Thursday, August 09, 2007

Reflexão XIV-i

Autoria: Sonekka

O Poeta acha que ninguém o vê
Que despercebe-se sua arte janota
Acha que só ele vê e ninguém nota
E os que estão em volta sabem ler

Sabem ler até o cú do poeta
Ainda que este esteja olhando o copo
Todos o vigiam feito coruja no toco
Sabem o que o poeta ébrio pensa

E nisso ele muda o olhar
O poeta peidando pra vida
Engolindo talagadas de cynar

Sua poesia nem cheira e nem fede
Levanta, chocoalha a cueca e outro por cima
ainda quando peida a platéia aplaude

Reflexão XIV

O poeta junto aos outros se sente sozinho,
Olha, observa todo mundo e ninguém o vê
Fica ali de canto na mesa do barzinho
Sem conversar, só bebendo e olhando a TV.

Nessas horas lembra de coisas já idas
De coisas boas que fez ou se arrepende
Todas sem conserto agora, perdidas
Sente que na vida o bom ou o ruim, depende

Mas e daí se ninguém lhe dá a mínima
Ele não liga, porque já tem a receita
E quando quer, desacata, rola e deita

Ah é? Todo mundo pagando de pinima?
Espera um pouquinho, faz um esforço e peida
Pronto, ninguém mais o ignora, só enjeita!

Reflexão XIII-i

Autoria: Sonekka

O poeta, todo mundo sabe, é doutrinador
Na verdade o que ele mais tem é adjetivo
Sobretudo quando atira verbos objetivos
Dele só não se adjetiva de racionador

O poeta quando produz, é o próprio dicionário
Folheia-se o poeta em busca de significados
Devora-se o poeta à procura de predicados
A ele se atribui a palavra como fiel depositário

Mas não se engane que o poeta é puro
Não pense você que o poeta não ferra
O poeta enquanto santo não erra, enterra

Não se iluda que o poeta é meigo
Ele pode ser cáustico e matreiro
Até mesmo quando louco e cego.

Wednesday, August 08, 2007

Reflexão XIII

O poeta, todo mundo sabe, é o corolário
Da cultura inútil que acredita ser erudição.
Vive de invencionices tolas e come ilusão.
Na vida real é mais um alienado fiduciário.

Lê e recomenda a leitura do reader’s digest
E mesmo que ninguém nele preste atenção,
Incomoda todo mundo sugerindo um teste
Quem sabe qual é a capital de Eisaquestão?

É uma besteira tosca, uma piada de poeta
A capital de Eisaquestão é claro que é Aíquestá.
E isso é tão engraçado quanto fazer uma dieta.

O poeta vive forçando a barra, a vida atesta
Tem até gente que foge de onde ele está
E quando diz que vai embora, ninguém contesta.

Reflexão XII-i

Autoria: Sonekka

O poeta, ele não acha, mas é falsário
Pega as impressões alheias e copia
Passa pro seu caderno como poesia
Depois guarda numa gaveta, vira relicário

O poeta esconde, enterra o verso
O poeta erra, descarta , falsifica
Destrata, afunda, afoga, danifica
E ao belo impõe efeito reverso

Mesmo com a rima marcada e feia
Como aquela ali no verso acima
O poeta não recua, soca a peia

O poeta dos papéis é o corsário
A dor despreza e pilha a alma alheia
Vida que só é feia pra quem é otário.

Tuesday, August 07, 2007

Reflexão XII

O poeta, só ele sabe disso, recebe confissões alheias
É um túmulo que guarda segredos escandalosos
Sabe da mulher que amarra o marido com correias
E do homem que se masturba chupando pés calosos

Coisas tão incríveis que contando pouca gente acredita.
Do velhinho que paga pra levar chutes no saco e urra
Do negão que adora levar dedada e de cacete, uma surra
E do executivo que chupa a boceta e o cú da cabrita.

Tudo isso lhe vem ao ouvido mesmo dos protagonistas
Escândalos financeiros, corrupção, roubos e desfalques
Contrabando, tráfico, execução de bandidos antagonistas

Ouve também das amigas putas, que debulham a lista
Contam rindo divertidas sem nenhum recalque
Nas noites de refúgio e alegria na cama do artista.

Reflexão XI-i

Autoria: Sonekka

O poeta, todo mundo sabe, é homenageado
O credor, o garçon, o locador homenageiam
Debulham-se em louros mesmo que não queiram
Se bem que homenagem é coisa de viado.

Melhor uma honra ao mérito do que ao féretro
Antes uma condolência do que a convalescência
O poeta mesmo no pódio tem muita ciência
De que artista colhendo em vida é muito raro

Mas se o chamam ao olimpo porque não ir?
Estará a platéia o esperando ansiosamente?
Ou estarão ao primeiro declame, prontos pra cuspir?

Mesmo assim o poeta vai, ainda que sem graça
Ainda que vá pra zombar e fazer arruaça
Poeta anônimo e esquecido não tem graça!

Monday, August 06, 2007

Reflexão XI

O poeta, todo mundo sabe, é refratário.
Por isso, procurou refúgio na série reflexão.
Não se conseguiu chegar a nenhuma conclusão.
Nem contra ou a favor, antes pelo contrário.

Repetiu sua ladainha e traçou seu itinerário.
Confessou suas manias e sua deformação.
Não quis desabafo, nem riso tolo ou comiseração.
Sequer desejou a tentativa de um documentário.

Quis homenagear o leitor, demonstrar erudição.
Escreveu mais por vício do que por precisão.
Viajando no tempo no sentido anti-horário.

O ping-pong com o Sonekka virou uma diversão.
Na verdade a vida do poeta é pura curtição.
Quem quiser, passa no blog e deixa comentário.

Reflexão X-i

Autoria: Sonekka

O poeta, o mundo sabe, é um plagiador
Sempre que lhe falta enredo
Apela pra algum Álvarez de azevedo
Ou, ledo e ivo engano, fala de amor

Tanto amor, tanto fogo se revela
No olhos negros do poeta enganador
Ainda mais ele copia a dor
Aspirando a alma da donzela!

E diz que era doce aquele seio arfando!
E diz dos lábios que sorriso feiticeiro!
Daquelas horas que lembrou-se chorando!

Mas o que é triste e dói ao mundo inteiro
É que todo mundo sabe que este soneto
É parte ele, e parte Álvarez de azevedo

Friday, August 03, 2007

Reflexão X

O poeta, todo mundo sabe, é depositário
De várias artimanhas de sedução.
Oscila de romântico meloso a canalha durão.
Rejuvenesce com conquistas, o cinqüentenário.

Melífluo, tem todas as cantadas decoradas
E, precavido, inventa mais outras de ocasião
Adora mulher, moças delicadas ou mulherão
Solteiras, separadas ou desquitadas.

Casadas, só como instrumento de vingança
Porque aí está prestando um serviço de consolo
E esta mulher nunca mora na vizinhança

Mas seu desejo é ser das putas empresário
Pra dormir de dia refrescando o miolo
E de noite, do puteiro, ser beneficiário.

Thursday, August 02, 2007

Reflexão IX-i

Autoria: Sonekka.

O poeta, isso você não sabe, é um propedêuta
Finje que não sabe mas guarda o saber profundo
Manja Nietzshe, Marx, krishna, Jung, muda o mundo
Mas na verdade só vive pensando em buceta.

O poeta não se desliga de nenhuma namorada
A primeira, a melhor, a mais fogosa, a maluca
A crente, a puta, a bandida, a fedida, a varrida
Eternizadas em poemas pra mulher amada

O mesmo vale para cada amigo
Seja em verso, seja em pinga
Com o poeta há sempre abrigo

Mesmo que alguém não o entenda
Com poeta não há transgressões
Jamais ele excita a contenda

Reflexão IX

O poeta, todo mundo sabe, é incendiário.
Põe fogo no rabo do gato e atiça a discussão.
Alimenta-se da cizânia numa espécie de ração.
E de idéias inventivas e contrárias é doutrinário.

Por exemplo, jamais aceitaria ser celibatário.
Mesmo sabendo que a mulher fala sem razão.
Ele compensa mijando também sem por a mão.
E com isso arregimenta outros correligionários.

Dos amigos artistas é um concessionário
Com o trabalho deles faz um grande alarde.
E das artes alheias é um feliz discotecário.

Mas é assim mesmo, embora muito tarde
Que o poeta se mostra o fiel depositário
Do fogo que no coração de outros arde.

Wednesday, August 01, 2007

Reflexão VIII-i

(Autoria de Sonekka)

O Poeta, não sei se você sabe, é um canalha
Nenhum ofício, ocupação ou algo que o valha
Olha para qualquer mulher e diz que é boa
Pra comer se põe a tecer loas e mais loas

O poeta sofre de silêncio e solidão
Mas vive de barulho, bebida e confusão
Quando ama se entrega no ato
Quando perde serve-se aos ratos

Dizem até que não escreve mal
Outros dizem que nunca escreveu
Mas é fato; o poeta é um manancial

Sabe-se lá o que será do poeta
Uns o tarjam de demente
Outros o tratam como profeta

Reflexão VIII

O Poeta, todo mundo sabe, cumpre seu horário.
Sai do bar do João e vai pro bar da Adelaide.
Na Galeria AD Moreira onde é comensal honorário
Do churrasco e outras iguarias preparadas pela Aidê.

Lá a freqüência é outra: são lojistas em maioria.
E tem que ter paladar, saber cozinhar e conhecer
Receitas e temperos gourmet pra ser da confraria.
Toda quarta-feira é servido um prato de não esquecer.

Mas não é só isso: a Galeria vira uma passarela
Com as meninas que saem do trabalho no shopping
E passam, lindas e bem arrumadas, animando a galera

Às 23 horas a Galeria fecha e a diversão já era.
O poeta vai pra casa e sua noite chegou ao fim.
Lê um pouco e vai dormir olhando o céu pela janela.