O poeta, todo mundo sabe, é depositário
De várias artimanhas de sedução.
Oscila de romântico meloso a canalha durão.
Rejuvenesce com conquistas, o cinqüentenário.
Melífluo, tem todas as cantadas decoradas
E, precavido, inventa mais outras de ocasião
Adora mulher, moças delicadas ou mulherão
Solteiras, separadas ou desquitadas.
Casadas, só como instrumento de vingança
Porque aí está prestando um serviço de consolo
E esta mulher nunca mora na vizinhança
Mas seu desejo é ser das putas empresário
Pra dormir de dia refrescando o miolo
E de noite, do puteiro, ser beneficiário.
Friday, August 03, 2007
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