Vou descarregar um revólver
No peito da cachorra Adriana.
Não vejo outra forma de resolver
A raiva que sinto dessa putana.
Depois de despachá-la pro inferno
Essa vagabunda, torpe e traidora,
Se eu for preso, mesmo interno,
Vou sentir uma paz duradoura.
Ordinária, sonsa. Matá-la é pouco.
Estão achando que sou louco?
Não sabem o que fez, a imunda.
Mijou, cagou e sentou em cima
Da minha mais linda obra prima.
E com minha poesia, limpou a bunda.
Tuesday, March 11, 2008
Thursday, March 06, 2008
Reflexão LV (as nuvens)
Fiquei decepcionado quando aprendi o que eram. Vapor de água.
Só podiam ser um vapor de água diferente, pensei.
Bem distante do vapor que saía da chaleira na hora do café.
Para a minha imaginação infantil, eram sugestões gigantes que flutuavam no céu.
Passava horas deitado na grama olhando as nuvens e vendo nelas incontáveis figuras.
Menino nubicogo, testemunhava lentas metamorfoses brancas no azul infinito.
Na primeira viagem de avião, vi, iluminado pelo sol, um tapete inconcebível, magnífico.
Adulto e paraquedista, senti a felicidade de furar a nuvem em queda livre.
Mergulhava em direção a um tapete incrivelmente branco e depois de uma rápida neblina, podia ver a paisagem e a terra redesenhando contornos cada vez mais nítidos.
Nuvens de chuva também fascinam quando se desmancham em uma cortina de água.
Iluminadas por flashes e riscos luminosos nos desenhos hidrográficos dos relâmpagos.
Nuvens só fazem sentido à distância. São como paixões: envolvido por elas não se pode dar conta da dimensão e de como elas vão se modificando, criando quimeras.
Dentro delas não se vêem horizontes.
Só podiam ser um vapor de água diferente, pensei.
Bem distante do vapor que saía da chaleira na hora do café.
Para a minha imaginação infantil, eram sugestões gigantes que flutuavam no céu.
Passava horas deitado na grama olhando as nuvens e vendo nelas incontáveis figuras.
Menino nubicogo, testemunhava lentas metamorfoses brancas no azul infinito.
Na primeira viagem de avião, vi, iluminado pelo sol, um tapete inconcebível, magnífico.
Adulto e paraquedista, senti a felicidade de furar a nuvem em queda livre.
Mergulhava em direção a um tapete incrivelmente branco e depois de uma rápida neblina, podia ver a paisagem e a terra redesenhando contornos cada vez mais nítidos.
Nuvens de chuva também fascinam quando se desmancham em uma cortina de água.
Iluminadas por flashes e riscos luminosos nos desenhos hidrográficos dos relâmpagos.
Nuvens só fazem sentido à distância. São como paixões: envolvido por elas não se pode dar conta da dimensão e de como elas vão se modificando, criando quimeras.
Dentro delas não se vêem horizontes.
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