Se querem mesmo saber, eu admiro a puta!
Com ela o combinado não é caro, não discuta.
Mulher catarse para a sociedade hipócrita.
Que por conveniência a mantém proscrita.
Disponível por dinheiro como todo mundo
Só a natureza do seu trabalho é diferente.
Mulher de vida fácil nada. Há quem agüente?
Ter de controlar o asco de cliente imundo?
Embora não assuma, tem mulher que fantasia
Ser dama na sociedade e uma puta na cama
Para satisfazer os desejos do homem que ama
Eu prefiro a puta original, que não reclama.
Não vem com o lero-lero de que me ama.
Não me cobra pensão, nem quer primazia.
Wednesday, May 27, 2009
Thursday, May 21, 2009
Reflexão XCIV (o umbigo)
É uma cicatriz do nascimento. Única, individual.
É marca equivalente à impressão digital.
Depende da barriga para ter beleza estética.
O abdômen tem de ser liso, de boa genética.
O da Karolina Kurkova é um peculiar distúrbio.
Em barriga grande parece um bico de assobio.
Na mulher grávida, lembra o dedinho do nenê
Para ter charme é preciso que o ventre aplaine
O umbiguinho da mulher amada é um delírio.
Com uma jóia incrustada é para os olhos um colírio.
E ela torna-se uma odalisca dos mil e um desejos.
O piercing no centro do corpo lançando lampejos
É um farol que me guia para o teu amor noturno.
E, lá fora, no céu, meu destino é traçado por Saturno.
É marca equivalente à impressão digital.
Depende da barriga para ter beleza estética.
O abdômen tem de ser liso, de boa genética.
O da Karolina Kurkova é um peculiar distúrbio.
Em barriga grande parece um bico de assobio.
Na mulher grávida, lembra o dedinho do nenê
Para ter charme é preciso que o ventre aplaine
O umbiguinho da mulher amada é um delírio.
Com uma jóia incrustada é para os olhos um colírio.
E ela torna-se uma odalisca dos mil e um desejos.
O piercing no centro do corpo lançando lampejos
É um farol que me guia para o teu amor noturno.
E, lá fora, no céu, meu destino é traçado por Saturno.
Wednesday, May 20, 2009
Reflexão XCIII (porto inseguro)
Na minha sombra,
Sob a minha asa:
Descanso de sobra
E o corpo em brasa.
Na minha sombra,
Sob a minha asa:
O trabalho dobra
Vá limpar a casa.
Na minha sombra,
Sob a minha asa:
Do couro tiro a dobra
Meu pau te rasga.
Na minha sombra,
Sob a minha asa:
Amor, a dor assombra
E a mim compraza.
Na minha sombra,
Sob a minha asa:
A submissão se cobra
Minha rola te engasga.
Na minha sombra,
Sob a minha asa:
Essa é a minha obra
Já te comi, agora vaza.
Sob a minha asa:
Descanso de sobra
E o corpo em brasa.
Na minha sombra,
Sob a minha asa:
O trabalho dobra
Vá limpar a casa.
Na minha sombra,
Sob a minha asa:
Do couro tiro a dobra
Meu pau te rasga.
Na minha sombra,
Sob a minha asa:
Amor, a dor assombra
E a mim compraza.
Na minha sombra,
Sob a minha asa:
A submissão se cobra
Minha rola te engasga.
Na minha sombra,
Sob a minha asa:
Essa é a minha obra
Já te comi, agora vaza.
Monday, May 18, 2009
Reflexão XCII (proposta)
A borduna do índio servia pra tontear a caça.
A sangria vinha depois na vasilha com limão.
A tribo em festa dança feliz enquanto a carne assa.
A antropofagia para a fome seria uma solução.
Banquete de inimigo, antagonista, desafeto e patrão.
A sangria vinha depois na vasilha com limão.
A tribo em festa dança feliz enquanto a carne assa.
A antropofagia para a fome seria uma solução.
Banquete de inimigo, antagonista, desafeto e patrão.
Thursday, May 14, 2009
Reflexão XCI (mamãe)
Da minha mãe apanhei muito
Por conta de seu nervosismo.
Ela tinha ataques de histerismo
E sobrava pra mim um pau gratuito.
Apanhava de cinta dobrada.
Com um violento repelão, sacada
De um fio na porta do roupeiro.
O cinto zunia e eu abria o berreiro.
No quarto, em cima da cama,
O couro comia deixando vergão.
A lapada arde e a pele inflama.
Violência infantil ainda não existia...
- Engole o choro, safado, cachorrão,
Vai já pra cozinha e lava a louça da pia!
Por conta de seu nervosismo.
Ela tinha ataques de histerismo
E sobrava pra mim um pau gratuito.
Apanhava de cinta dobrada.
Com um violento repelão, sacada
De um fio na porta do roupeiro.
O cinto zunia e eu abria o berreiro.
No quarto, em cima da cama,
O couro comia deixando vergão.
A lapada arde e a pele inflama.
Violência infantil ainda não existia...
- Engole o choro, safado, cachorrão,
Vai já pra cozinha e lava a louça da pia!
Monday, May 11, 2009
Soco no Ar
Rapaziada eu tô feliz
Eu faturei a Beatriz
Encontrei com ela no pagode
Ontem lá no grêmio.
Põe cerveja aí pra mim
Que eu conto como
Ganhei o prêmio.
Sem colarinho, por favor
Que hoje tá calor
Eu tava no bar do Bigode
Meio cachorro-chora
Perto do vaso de comigo-ninguém-pode.
Quando o Maneco me ligou
E pro samba me convidou
Chegando lá que maravilha
A Beatriz tava sambando sozinha
Puxei a morena pelo salão
Convidei para jantar mais tarde
No bar do alemão. E ela disse:
Com vinho, fico facinha.
Não deu outra.
Depois da janta, levei pro barracão
E vivemos nossa paixão
Agora, vou até trabalhar
Fiz um gol de placa
Sou Pelé na vida
Vou pular e dar um soco no ar.
Põe mais cerveja aí,
Pra comemorar.
Vou dar soco no ar
Vinho eu não bebo mais sozinho
Bebo com a Beatriz, o meu amorzinho.
Eu faturei a Beatriz
Encontrei com ela no pagode
Ontem lá no grêmio.
Põe cerveja aí pra mim
Que eu conto como
Ganhei o prêmio.
Sem colarinho, por favor
Que hoje tá calor
Eu tava no bar do Bigode
Meio cachorro-chora
Perto do vaso de comigo-ninguém-pode.
Quando o Maneco me ligou
E pro samba me convidou
Chegando lá que maravilha
A Beatriz tava sambando sozinha
Puxei a morena pelo salão
Convidei para jantar mais tarde
No bar do alemão. E ela disse:
Com vinho, fico facinha.
Não deu outra.
Depois da janta, levei pro barracão
E vivemos nossa paixão
Agora, vou até trabalhar
Fiz um gol de placa
Sou Pelé na vida
Vou pular e dar um soco no ar.
Põe mais cerveja aí,
Pra comemorar.
Vou dar soco no ar
Vinho eu não bebo mais sozinho
Bebo com a Beatriz, o meu amorzinho.
Friday, May 08, 2009
O Culpado Sou Eu !
Vila Belmiro
Numa tarde de domingo
A multidão pedindo
Mais um gol do negão.
Ele atende
Manda a bola pro fundo das redes
Sai correndo, soca o ar.
Deixo o estádio
Subo o morro sem aflição
Sou da área, sei onde é contramão.
Mesmo assim,
Uma bandida surge pra mim
Dá um tiro
Pega no meu coração
Acordo assustado
Agradeço por ser pesadelo
Sinto um arrepio no cabelo
Pois lá fora tem confusão.
É a polícia
Que enquadrou e prendeu
Uma bandida
Algemada
Chorando e abatida
Olhou pra mim
Como pedindo perdão.
Já no camburão
Ainda me olha e parece sorrir...
Ali minha vida deixou de existir
Senti um vazio no meu coração.
Corri pro distrito, para dela ser testemunha
Não é ela quem se supunha
A dona da contravenção
O culpado sou eu!
Que vivo do craque que admiro
Defendo a carreira que aspiro
E fiz minha mulher de avião...
Numa tarde de domingo
A multidão pedindo
Mais um gol do negão.
Ele atende
Manda a bola pro fundo das redes
Sai correndo, soca o ar.
Deixo o estádio
Subo o morro sem aflição
Sou da área, sei onde é contramão.
Mesmo assim,
Uma bandida surge pra mim
Dá um tiro
Pega no meu coração
Acordo assustado
Agradeço por ser pesadelo
Sinto um arrepio no cabelo
Pois lá fora tem confusão.
É a polícia
Que enquadrou e prendeu
Uma bandida
Algemada
Chorando e abatida
Olhou pra mim
Como pedindo perdão.
Já no camburão
Ainda me olha e parece sorrir...
Ali minha vida deixou de existir
Senti um vazio no meu coração.
Corri pro distrito, para dela ser testemunha
Não é ela quem se supunha
A dona da contravenção
O culpado sou eu!
Que vivo do craque que admiro
Defendo a carreira que aspiro
E fiz minha mulher de avião...
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