Friday, April 29, 2005

Almas Antigas

ALMAS ANTIGAS

Para Zé Edu.

Uma letra esquecida no Rio
Que há 30 anos se formara
O Sonekka, com talento, redescobriu
E fez dela música rara.

No verão de 73 eu, com 18 anos,

Nem pensava em te conhecer
Que o complemento viria da tua existência
E o nosso encontro recente foi providência
Eu, já de tarde e você no alvorecer

Mas quem pensa no futuro faz planos:

Agora que nos abraçamos em cumplicidade
No Crowne, no mundo, na maior cidade

Vamos por lenha na vida, sem enganos

Como o fogo que brota das cantigas,
A gente se reconhece em almas antigas.


Reyex.

Um ano

UM ANO

Para Ana Cláudia

Só perguntei se era mesmo preciso
Não pensei que um dia isso ia acontecer
Nem imaginava assim: tão definitivo
Fechei a porta e, quieto, esperei anoitecer.

Pensei: sou forte. Não vou ligar pra isso.
Mas a noite insistiu em recusar o amanhecer
Meus olhos lacrimejaram: apenas um cisco
Disse a mim em silêncio: não se permita sofrer.

No dia da inconfidência faz um ano
Espero não ter havido coincidência, nem engano
Mais um filme de terror que no final eu morro

Vou ficando para trás no tempo, sem socorro.
Quem sabe é teu espírito aquariano,
Que quis me amar, mas não quis seguir o plano.


O.Reyex.

Uma doce presença

Uma Doce Presença

Osmar Reyex

Viver sozinho é muito chato, italiana.
Mudo, sem TV e, pior de tudo, insone.
A noite fica longa, fria e engana.
Em minha cabeça sopra um ciclone.

Queria te ligar ramal-a-ramal
Te beijar através de um videofone
Numa cúmplice ligação “distant call”
E pedir: “don’t leave me alone”.

Pensando assim, tudo fica por um triz.
Está claro que falta quem me ame.
Mas não alimento ilusões, minha atriz

Basta, no calor, pedir que eu te abane.
Porque do que é bom sempre peço bis,
Eu espero tua doce presença, Eliane.

Thursday, April 28, 2005

Osmar Reyex

Artista Plátisco e Poeta. Paulista de Ribeirão Preto. 15 de Janeiro de 1955. Uma Filha. Um neto. Moro em Santos, no Bairro do Gonzaga. Rosacruz, Maçon e Martinista. Apaixonado pelas coisas boas da vida.