Wednesday, August 01, 2007

Reflexão VIII-i

(Autoria de Sonekka)

O Poeta, não sei se você sabe, é um canalha
Nenhum ofício, ocupação ou algo que o valha
Olha para qualquer mulher e diz que é boa
Pra comer se põe a tecer loas e mais loas

O poeta sofre de silêncio e solidão
Mas vive de barulho, bebida e confusão
Quando ama se entrega no ato
Quando perde serve-se aos ratos

Dizem até que não escreve mal
Outros dizem que nunca escreveu
Mas é fato; o poeta é um manancial

Sabe-se lá o que será do poeta
Uns o tarjam de demente
Outros o tratam como profeta

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