Tuesday, July 31, 2007

Reflexão VII

O poeta, todo mundo sabe, é o usuário
Do banquinho da ponta do balcão
Todos os dias, no mesmo horário,
18 e 45 no bar do João.

É lá que bebe cerveja depois do trabalho
Ao lado de vagabundo e trabalhador
Pedreiro, traficante e quebra-galho.
E “Gibi” que é profissional tatuador.

Sardinha é o cara que serve a cachaça
De olho na rua, avisa quando a gostosa passa
Nas mesas rola jogo de dominó e carteado

Sábado tem rifa de costela e frango assado
Enquanto a carne gira, cheira e assa
A gente mexe com a mulherada que passa

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