Tuesday, July 24, 2007

Reflexão III

O poeta, todo mundo sabe, é um perdulário.
Sempre gasta muito e ganha pouco.
Em “merrecas” se conta seu salário.
E deixa o gerente do banco feito louco.

Também! Quer viver de sua escritura!
No Brasil, que não dá bola pra poesia.
Melhor faria se arrumasse uma sinecura
No governo, onde dinheiro fácil é primazia.

Seria preferível que tivesse outros talentos
Bom de bola ou cinismo de político
Assim trabalharia pouco e ficaria rico.

Mas que nada, vive cheio de tormentos.
O futuro não lhe traz bons alentos,
E a vizinhança, dele, já faz fuxico.

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