O poeta, todo mundo sabe, é um operário.
Espreme os miolos no trabalho de escrever
Mas suas idéias não lhe trazem numerário
Parece que nasceu criativo só pra sofrer.
Todos os dias acha que perdeu a inspiração
Só porque às vezes não lhe ocorre idéia.
Desanda a escrever mais por transpiração
Porque sabe que quantidade faz epopéia.
É um ofício duro, solitário e sombrio
Não atrai fama nem fortuna fácil
Só clausura em longas noites de frio.
Vez ou outra alguém elogia o pancrácio
Que todo se estufa fingindo um fastio
E pensa até que é o “Barão” do palácio.
Monday, July 30, 2007
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