Tuesday, August 26, 2008

Reflexão LXXII (as costas)

Desesperado, eu te amo mais, quando me viras as costas.
Quando te vejo ir embora e meu sangue se torna espuma.
Meus pés chumbados no chão, minhas ações descompostas.
Perder-te dissolvida na distância, meu coração desarruma.

O céu então desencadeia uma tremenda tempestade
E agora, a chuva põe ainda mais empecilho na distância.
Não bastassem o tempo e o espaço, somados à minha ânsia,
Tem também a tua decisão de ir, contra a minha vontade.

A chuva grossa de verão termina inundando toda a cidade
A luz acaba, os telefones ficam mudos e restamos ilhados
Imagino quais os caminhos que poderiam ser trilhados

Para ir te buscar e não deixar o meu amor pela metade.
Resgatar-te da fúria dos elementos e ficarmos aninhados.
Acariciando tuas costas macias, no escuro, enrodilhados.

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