Thursday, October 11, 2007

Reflexão XXXIV (os relógios)

O Poeta, todo mundo sabe, por relógios é louco.
Essas máquinas maravilhosas de marcar o tempo
Que é uma abstração humana: dura muito ou pouco
Depende da percepção da pessoa em dado momento.

Não só por essa excentricidade de beleza poética,
Mas também porque é atraído por essas jóias caras:
Breitling, Cartier, Rolex, IWC, Bvlgari, peças raras...
Fosse rico teria uma coleção só pela emoção estética.

Os de pulso, a pedido de Dumont por Cartier inventados,
São os preferidos. O tempo não existe, linda jóia dialética.
Também fascina a base 60. Segundos e minutos somados.

Paradoxo despertador, desconstrutor dos sonos sonhados,
Baudelaire chamava de deus sinistro e, de forma profética,
Achava assustador e impassível. São só instantes marcados.

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