Thursday, February 14, 2013

Medos Contemporâneos

Meus medos não são raros
Da minha janela vejo o mar
E sinto vontade de me atirar
Lá embaixo sobre os carros

No banco depois do saque
Fico desconfiado do segurança
Que parece pronto pro ataque
Não acredito em sua vigilância

No sinal parado, o malabarista
Não me convence que é artista
Fecho o vidro e pressiono a trava
Antes isso não me preocupava

Mas depois dos noticiários
Com seus ataques diários
Tenho medo da minha sombra
Até estar vivo me assombra

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