Friday, July 25, 2008

Meu Totem

Quem me visita, vê no pórtico de entrada da minha casa, o meu totem.

São imagens que descrevem em que acredito, no que estou comprometido e os juramentos que fiz.

Art é a primeira imagem. Porque sou artista. Escrevo, pinto quadros. Expresso minha sensibilidade.

A segunda imagem é o símbolo da Anarquia. Pode parecer estranho. Mas acredito na Anarquia em essência. Não nos significados impostos injustamente a essa utopia.

A terceira imagem é a de um cavaleiro templário. Fiz os juramentos da Tradicional Ordem Martinista. E a espada que reluz no altar se reverte na espada em cruz que recebi e trago na mão, obediente aos mandos da via cardíaca, sendo um homem de desejo.

A quarta imagem é o símbolo da maçonaria. Sou pedreiro buscando polir minha pedra bruta. Submetendo minhas paixões. Cavando masmorras ao vicio e erguendo templos à virtude.

A quinta imagem é a cruz rosacruz hermética. Prometi e recebi de volta a promessa que me emociona cada vez que relembro a voz do Mestre enumerando as recompensas do trabalho silente e reflexivo.

A sexta imagem é um hexagrama, circundado por 12 ohms nos triângulos criados, fechados em três círculos concêntricos, com meu nome no interior. Minha proteção cabalística.

Finalmente, a sétima imagem é uma escultura em ferro negro, representando a minha divindade do candomblé, Ogum, com sua guia de contas azuis escuras fechadas com uma pedra branca e dourada.

Há quem ache que não se coadunam os símbolos expressos por essas imagens, que são dissonantes entre si. Mas acredito em cada uma delas e acho que são complementares. A arte tudo engloba, pois a criação é universalmente divina. A opção pela anarquia é minha maneira de não ser conduzido, pelo menos enquanto homem em essência, alma livre, repudiando a submissão dos rebanhos. As três Ordens a que pertenço são caminhos similares e complementares. Minha busca pessoal da comunhão com o Cósmico Criador. O Deus do meu coração. O Grande Arquiteto do Universo. A Cabala, o uso prático da linguagem perfeita e maravilhosa dos símbolos, antigos e imutáveis porque expressam a Verdade. E minha divindade tribal é o corolário de minha condição de humano no planeta. Definindo minhas idiossincrasias com as características do Orixá. Ecce Homo.

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