O amor tem essa paixão louca de ser o que ele é.
Por mais que se tente não se consegue explicar.
É um sentimento químico. Biológico, como a fé.
Dá prazer, faz sofrer. Mas tem tempo para acabar.
Não existe o amor para sempre que se quer acreditar.
É a promessa no futuro e a eternidade no passado.
É preciso ter cuidado com seu potencial para machucar.
É na medida em que nos amamos que se pode ser amado.
O meu amor é um cacto que floresce em solo árido.
Solitário na imensidão do deserto, cheio de espinhos.
Uma única flor minimalista vibra vermelho no ar cálido.
Quem sabe evitar a pele grossa e os estigmas eriçados
Alcança um coração tenro, pronto para saciar desejos.
Nutrido em raízes profundas, sem a sombra do passado.
Monday, July 26, 2010
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