Thursday, September 27, 2007

Reflexão XXVII (o serpentário)

O mundo, para o poeta, é um verdadeiro serpentário.
Pra onde ele se vira tem sempre alguém querendo fodê-lo.
Não bastasse o banco que cobra juros e lhe arranca o pêlo
Ainda aparecem uns filhos da puta só pra aumentar o calvário.

Anda a pé e atravessa, cuidadoso, na faixa de segurança.
Tolamente acredita que ali está seguro e segue andando.
Mas o cara da bicicleta não respeita o sinal e avança
Quase o atropela, dá um susto e ainda sai xingando...


O condomínio manda carta mal educada cobrando
Uma conta que já foi paga. Não acham o registro.
Se não provar que pagou vão continuar debitando.

E assim, as “instituições” seguem sempre mandando.
A culpa é sempre dele em qualquer processo sinistro
E, pra piorar, tem sempre alguém da vida dele cuidando.

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